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  • Foto do escritorSala de Danças

Introdução

Atualizado: 21 de ago. de 2019





Comecei pequena. Não sei ao certo quantos anos de idade eu tinha. Mas foi numa escola que tinha aberto no bairro que eu morava. Era a novidade novidadeira do bairro. Muitas amigas minha começaram junto comigo, outras meninas, que se tornaram amigas, começaram naquele mesmo mês. Confesso que não tenho uma memória tão boa assim, de me lembrar de detalhes. Mas lembro sim que gostava muito de Dançar.

Devo ter feito aulas lá por uns 5 ou 6 anos e depois disso fiz um teste para entrar na Escola Municipal de Bailados de São Caetano do Sul e sim! Passei! Era uma escola lindíssima. Sala enorme com espelhos e barra em toda sua volta. Fiquei (e ainda fico) impressionada pelo tamanho maravilhoso que tinha aquele lugar.

Alguns anos depois, fiz outro teste, desta vez para entrar na Escola de Dança da Fundação das Artes de São Caetano do Sul e novamente Passei! Foi uma alegria! Nessa época a dança passou a fazer parte do que eu era. Ficava na escola regular no período da manhã, e de tarde e de noite ficava em SCS entre uma escola e outra dançando. Fiz muitas amigas. Amigas que levo até hoje. Um pouco afastadas pelo fluxo da vida, mas que volta e meia nos falamos. Foi um período maravilhoso da minha vida e que definiu em partes o que sou hoje.

Me formei no Municipal, continuei na Fundação e entrei na faculdade de Educação Física. Arrumei um estágio, que não era na área de Dança e fui aos poucos virando minha carreira para a área escolar. Eis que no mesmo ano eu não só terminei a faculdade, como também tinha terminado o Ballet e - para desespero geral - não tinha sido contratada.

Caos na Terra!!! Minha vida deu três cambalhotas para trás e uma mortal carpado para frente.

Mas a vida é cheia dessas né.

Alguns anos depois, entrei numa outra escola - que estou até hoje. Meu cargo era o de Professora de Educação Física. Aos poucos fui ganhando confiança e iniciei um projeto novo que era o de ensinar Ballet para algumas turmas. Era, e ainda é, um curso extra curricular, mas que já passou por diversas mudanças e acredito hoje, que estamos na nossa melhor forma.

Quando comecei, eu tinha aquela visão do Ballet “antigo”. Pensava que aquela era a única maneira de ensinar. Rígida, Disciplinada, Dura e Unilateral. Afinal tinha passado praticamente a minha vida toda nesse processo rígido, disciplinado, duro e unilateral.

Não foi fácil me reinventar. Não foi fácil reinventar o ensino da Dança.

Olho para trás, nos meus tempos de bailarina, e vejo que tive diversas professoras, mas que apenas algumas eu ainda carrego aqui comigo. Algumas que, mesmo naquele tempo, tentavam reinventar a dança, para torná-la mais prazerosa. Porque um ensino sério de dança, não precisa e não deve vir acompanhado de dor, sofrimento, sentimentos negativos, mas sim de alegria, felicidade e um querer dançar mais e mais. Por ser divertido, para fazer bem, ao corpo e a mente.


Maria Fernanda Garcia




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